Quem foi Franz Kafka

Nasceu em 3 de julho de 1883, na República Tcheca. Foi um escritor de língua alemã e um autor de romances e contos, reconhecido como um dos escritores mais influentes do século XX.

Franz Kafka é conhecido pelo estilo de escrita, e temas e padrões de alienações e brutalidade física e psicológica. Nas suas obras eram presentes conflitos entre pais e filhos. Os seus personagens tinham missões aterrorizantes, como labirintos burocráticos e transformações místicas. Em português, o autor ficou conhecido pelo termo “kafkiano”, o qual remete a algo complicado, labiríntico e surreal, como as situações que estão em suas obras.

Infelizmente, o autor não publicou muitos livros. Ele não terminou nenhum de seus romances maiores e queimou cerca de 90% da sua obra literária, grande parte durante o período em que viveu em Berlim.

As obras que foram publicadas, com exceção de algumas cartas escritas em tcheco, foram escritas em alemão. E o pouco que foi publicado em vida, não chamou muita a atenção do público.

As suas principais obras são:

    “Contemplação” (1912).
    “Descrição de uma Luta” (1912).
    “Considerações” (1912).
    “O Veredicto” (1913).
    “O Foguista” (1913).
    “A Metamorfose” (1915).
    “Um Médico Rural” (1918).
    “Na Colônia Penal” (1919).
    “Um Artista da Fome” (1922).
    “Josefina: a cantora ou o povo dos ratos” (1924)
    “O Processo” (1925).
    “O Castelo” (1926).
    “O Desaparecido” (1927).

De família judaica de classe média, o autor tinha fluência em alemão e tcheco, mas ele considerava o alemão como a sua língua materna. Durante a infância viveu de modo solitário, por conta da dedicação de seus pais ao negócio da família, um comércio de artigos e roupas de fantasia. Por conta disso, ele e seus irmãos foram criados por um grupo de governantes e serventes.

Kafka tinha uma relação difícil com o seu pai, que ficou evidente em “Carta ao Pai” (1952). Nessa obra, o autor queixava-se por ter sido afetado pela autoridade do pai e pela sua personalidade exigente. Ele também descreve a sua mãe, como uma pessoa quieta e tímida. Na maioria de suas obras, a figura de seu pai teve uma influência significante em sua escrita.

Judeu, por muitas vezes distanciou-se da sua religião e da vida judaica.

Formou-se em direito. Posteriormente, conseguiu emprego em uma companhia de seguros. Iniciou sua carreira como autor, escrevendo contos quando tinha tempo livre.

Em 1915, Kafka foi convocado para o serviço militar na Primeira Guerra Mundial, mas os atuais patrões conseguiram adiar o seu alistamento, pois acreditavam que o seu trabalho era importante na empresa. Mais tarde, ele tentou se alistar novamente, mas foi impedido por problemas de saúde, que foram associados a tuberculose.

Em 1918, o Instituto de Seguros, o seu atual emprego, afastou-o de suas atividades por conta da doença, que na época não tinha cura.

O autor gostava de se comunicar por meio de cartas, com a família, namoradas e amigos. Ele escreveu inúmeras delas, posteriormente, sendo algumas publicadas.

Kafka tinha uma vida sexual ativa. Frequentou diversos bordeis, tendo relações intimas com muitas mulheres durante a sua vida. Ele nunca se casou, e teve inúmeras namoradas.

Em 1912, Kafka pensou em cometer suicido pelo menos uma vez. Já em 1917, ele foi diagnosticado com tuberculose. Veio a falecer em 3 de junho de 1924, na Áustria. Ele estava internado em um sanatório, perto de Viena. A causa de sua morte foi por conta da fome, uma vez que a condição da garganta dele fez com que a atividade de comer se tornasse dolorosa.

Seu corpo encontra-se sepultado no Novo Cemitério Judeu, em Žižkov. Kafka não era famoso, e só se tornou reconhecido depois de sua morte.




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