O "Legado" da Ditadura Militar no Brasil
A Ditadura Militar no Brasil, que perdurou de 1964
à 1985, é defendida por muitos como um dos “melhores períodos do Brasil”.
Contudo
foi um período marcado pelo controle do Estado pelos militares, pela cassação
de direitos políticos, violação de vários direitos individuais, onde a tortura
foi uma prática sistemática, com o assassinato e desaparecimento de centenas de pessoas,
praticadas pelo Estado. O legado deste período na economia, também, foi
terrível.
A Dívida Externa deu um salto, subindo de 3,3
bilhões de dólares (em 1964) para 102 bilhões (em 1984), um crescimento de mais
de 30 vezes. Acarretando em um baixo crescimento da economia entre as décadas
de 1980 e 1990.
A renda da população piorou, pois o poder de compra
do salário mínimo caiu pela metade entre os anos de 1964 e 1984.
A inflação anual mais que dobrou, pois em 1964 era
de 85%, chegando a 178% em 1984, sendo controlada apenas com o Plano Real, em
1994.
A desigualdade social cresceu no período da
Ditadura Militar, o índice Gini, que é o indicador de desigualdade social,
cresceu de 0,54 para 0,59 (quanto mais próximo de 1,00 maior a desigualdade),
este índice só melhorou com a volta dos governos civis (redemocratização).
As cidades sofreram com o êxodo rural (por falta de
planos de reforma agrária amplos e combate a seca no Nordeste).
A centralização de poder, de
forma absoluta nas mãos dos militares, gerou corrupção e impunidade no superfaturamento de obras,
desvio de dinheiro público.
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