A Primeira Guerra Mundial e o ano de 1916
O ano de 1916 foi marcado por terríveis batalhas durante a
Primeira Guerra Mundial, tanto na terra quanto no mar, desde o front Ocidental
ao Oriental.
Foram milhões de soldados mortos e feridos em terríveis
batalhas.
Listamos aqui as principais batalhas no ano de 1916
Batalha de Verdun
Travada de 21 de fevereiro até 18 de dezembro de 1916, foi a
mais longa batalha da Primeira Guerra Mundial e envolveu forças da Alemanha,
que iniciaram a ofensiva, contra as defesas francesas.
Foi uma batalha marcada pelo intenso uso da artilharia e
onde surgiu o lança-chamas, sendo utilizado pelos alemães.
Os alemães pretendiam, através de uma guerra de atrito,
destruir o exército francês e este, por sua vez, tomou a defesa dos fortes da
região de Verdun como uma questão de honra.
Após vários meses de batalha, com uma imensa quantidade de
perdas para ambos os lados, os alemães, diante da necessidade de enviar tropas
para outras frentes, como na Batalha do Somme, abandonou a ofensiva no final de
1916.
As perdas francesas foram cerda de 542 mil mortos, feridos e
desaparecidos e para os alemães foram cerca de 434 mil mortos, feridos e
desaparecidos.
Batalha de Jutlândia
Foi a maior batalha naval da Primeira Guerra Mundial, e uma
das maiores da história (com a utilização de navios couraçados). Este combate que envolveu navios de guerra da Grã-Bretanha,
contra belonaves da Alemanha, foi travada entre os dias 31 de maio e 1 de
junho, próximo da península da Jutlândia, na Dinamarca.
O plano alemão era
realizar ataque contra o litoral britânico, e assim que os navios de guerra
britânicos saíssem para o contra ataque, seriam destruídos por submarinos
alemães.
Mas os britânicos já estavam em alto-mar, pois já tinham
informação da movimentação da frota inimiga, e ao navegarem para leste,
encontraram com os alemães.
Foi um pesado confronto, com muitas perdas de homens e
equipamentos, e ambos os lados “cantaram” vitória, os alemães a reivindicaram
por terem provocado mais baixas e perdas de navios aos britânicos, que por sua
vez, declararam vitoriosos por terem forçado os alemães a recuar (segundo os
alemães foi uma retirada planejada para levar os inimigos para rota dos seus
submarinos).
As perdas para os britânicos foram pesadas: mais de seis mil
homens mortos, 3 cruzadores de batalha, 3 cruzadores blindados e 8
contratorpedeiros afundados.
As perdas para os alemães foram menores, mas não tão leves:
cerca de 2.500 homens mortos, 1 cruzador de batalha, 1 dreadnought, 4
cruzadores leves e 5 navios torpedeiros afundados
Batalha do Somme
A batalha do Somme foi a mais mortífera da Primeira Guerra
Mundial, e a segunda mais letal da história. Foi travada de 01 de julho até 18
de novembro.
Esta batalha, que teve a Grã-Bretanha, na frente da ofensiva
no front ocidental, foi organizada inicialmente para ser um ataque em conjunto
entre britânicos e franceses, mas devido o desvio de recursos humanos e bélicos
franceses para Batalha de Verdun, os britânicos assumiram grande parte
O morticínio desta batalha pode ser evidenciado logo no primeiro
dia da ofensiva da infantaria. O ataque, formado principalmente por britânicos,
no 1º de Julho de 1916, foi precedido de um intenso bombardeio de sete dias
contra as trincheiras alemães, contudo o bombardeio não surtiu o efeito
esperado (principalmente contra o arame farpado) e o avanço britânico resultou
em um massacre com 57.470 baixas (19.240 mortos) sendo considerado o mais
sangrento dia na história do Exército britânico.
No final da ofensiva os britânicos contabilizavam mais de
450 mil baixas (mortos feridos e desaparecidos), os franceses mais de 190
mil baixas e os alemães por volta de 500 mil mortos e feridos.
Ofensiva Brusilov
Realizada entre os dias 4 de Junho de 1916 e 20 de Setembro,
a Ofensiva Brusilov foi o maior feito do Império Russo na Primeira Guerra
Mundial. Esta ofensiva foi realizada com
o intuito de diminuir a pressão que o exército francês sofria no front
ocidental, em especial devido à Batalha de Verdun.
A ofensiva consistiria num ataque contra as defesas
austro-húngaras, o que forçaria a Alemanha a enviar tropas para socorrer o
aliado.
Com uma forma nova de ataque, que consistia em ataques a
pontos específicos das linhas inimigas, ao invés dos grandes bombardeios e
avanços em “onda humana”, os russos conseguiram avançar com grande velocidade,
provocando devastadoras perdas nas forças inimigas.
Contudo os russos não conseguiram explorar os ganhos, devido
à falta de apoio logístico e de recursos humanos e materiais.
A Ofensiva Brusilov resultou na perda de aproximadamente um
milhão de soldados russos mortos, feridos ou capturados, as perdas inimigas
também foram elevadíssimas: 975 mil austro-húngaros, 350 mil alemães e 12 mil
otomanos foram mortos, feridos ou
capturados.
Estes números fizeram da Ofensiva Brusilov uma das mais mortíferas
batalhas da história. Como resultado o Império Austro-húngaro não voltou a ter
uma força de combate sólida, passando a depender do auxílio alemão.
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