Uma História Que Não Pode Ser Esquecida - O Cemitério dos Pretos Novos

Um dos mais importantes sítios arqueológicos, com referência à escravidão no Brasil, se localiza no Rio de Janeiro.  O Cemitério dos Pretos Novos, também chamado de Memorial dos Pretos Novos, é também, um centro cultural onde abriga os restos de um antigo cemitério de escravos.

O Cemitério dos Pretos Novos, que existiu entre o final do século XVIII e início do século XIX, estava localizando no antigo mercado negreiro do Valongo, no Rio de Janeiro. Os negros recém-desembarcados da África eram chamados de "pretos novos".

Nas longas viagens, entre a África e a Brasil, boa parte dos negros chegava debilitada e uma porcentagem destes cativos africanos morria em seus primeiros dias e seus corpos eram enterrados dentro de barracões ou nos arredores do mercado. Calcula-se que foram enterrados, no Cemitério dos Pretos Novos, entre 20.000 e 30.000 escravos.

Em 1830, o mercado foi fechado, tanto devido a reclamação de moradores dos seus arredores, como também, era uma forma das autoridades brasileiras mostrarem, aos ingleses, que estavam respeitando o tratado de extinção do tráfico imposto pela Inglaterra. (Mas a negociação de escravos continuava ativa em outros locais).

A descobertas do Cemitério dos Pretos Novos se deu em 1996, quando os proprietários de um sobrado localizado na Rua Pedro Ernesto resolveram fazer uma reforma em casa, e nas escavações desta obra, foram descobertas ossadas de negros enterrados no local. Hoje o Cemitério dos Pretos Novos destina-se ao estudo e pesquisa arqueológica, bem como à divulgação artística através da Galeria Pretos Novos e da Biblioteca Pretos Novos

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