Filmes - Revolução Francesa


Prof. Pablo Michel Magalhães
Redação d'O Historiante



Assistir a um filme é uma boa maneira de se divertir e aprender; em sala de aula, as obras cinematográficas podem se tornar ótimas ferramentas para o ensino. Assim, para os estudos sobre a Revolução Francesa, há duas sugestões de ótimos filmes, que apresentam duas visões sobre o evento. 

O primeiro deles, Adeus, minha Rainha., é uma coprodução espanhola e francesa, dirigida por Benoít Jacquot e baseada na novela de Chantal Thomas. O elenco contra com a estrela Diane Kruger (Bastardos Inglórios) e com a belíssima Léa Seydoux, jovem atriz francesa de grande talento. Neste filme, encontramos uma Paris às portas dos eventos que culminariam na queda da Bastilha, símbolo de triunfo da Revolução Francesa. Apesar dos conflitos que sacudiam toda a França, nobres e servos em Versalhes continuam a viver com imprudência e descontração, alheios ao tumulto que dominava Paris. Ao receberem a notícia da tomada da Bastilha, o castelo se esvazia, restando apenas a jovem Sidonie Laborde, jovem leitora devotada à Rainha, que não acredita nos rumores da revolução, e permanece ao lado de Maria Antonieta, o que a faz pensar que estaria protegida. Contudo, a jovem Sidonie mal sabe que serão seus últimos três dias em Versalhes.



O filme busca retratar toda a miséria que cercava os parisienses, principalmente a proliferação de ratos por todos os lados, seja parasitando as casas, seja boiando nos lagos, e a infestação de mosquitos (Sidonie sofre com picadas de pernilongos, coçando-se todo o tempo). Além disso, a proposta do diretor é acompanhar os últimos momentos de Maria Antonieta, a maneira com encarava os eventos, o modo como ela ainda possuía regalias e certos luxos, vivendo em meio ao colapso da sociedade francesa.

Uma produção cinematográfica bastante singela, explorando um viés alternativo ao usual, sobre a Revolução Francesa. Assista ao filme, clique aqui.

A outra obra que abordaremos é o filme Danton, o processo da Revolução. Nele, quatro anos após a Revolução, vemos o desastre da situação econômica da França. É o período do Reino do Terror, onde cada cidadão poderia ser um suspeito em potencial. As cabeças rolavam, literalmente, com a guilhotina. Medo, fome e violência eram mazelas comuns na sociedade francesa. Os mesmos agentes da revolução (encabeçados por Robespierre), que proclamaram a Declaração dos Direitos do Homem, agora agiam como tiranos. Neste contexto, Danton e Robespierre se confrontam. De aliados à inimigos, os dois entendem a Revolução por vias diferentes. Danton, com o apoio do povo; Robespierre, respaldado pelo poder que conseguiu.



Com uma atuação de gala de Gérard Depardieu, na pele de Danton, e direção do polonês Andrzej Wajda, o filme se propõe a analisar as relações políticas que se construíram após a queda da Bastilha. Questões são levantadas, buscando refletir moralmente sobre a Revolução: a partir de quando aqueles que libertaram se transformaram naqueles que prendem e matam? O Danton de Depardieu é um questionador arguto desse sistema que se levantou.

Não perca tempo e assista ao filme, clicando aqui.

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