Dica cultural- Quer saber um pouco mais sobre a história do golpe de 1964? O historiante traz uma série de dicas de programações, eventos e exposições!

(Essa postagem será atualizada sempre com eventos e exposições sobre os 50 anos do golpe)


Efemérides... Com certeza, já ouvimos essa palavra em algum momento! Especialmente, naqueles períodos próximos a datas históricas importantes! É um tal de efeméride nos jornais, nas revistas, nas entrevistas, exposições... Mas, afinal, qual o significado dessa palavrinha?

Efemérides são aniversários de datas históricas importantes para uma determinada sociedade ou país. São datas redondas como, por exemplo, os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil, os 200 anos da vinda da família real portuguesa, os 90 anos da revolução russa, o recente 30 anos das "Diretas já" e por aí vai. Normalmente, essas datas são comemoradas com diversas atividades envolvendo o acontecimento, ou seja, com festas, exposições, seminários, palestras, entre diversos tipos de programação. A ideia de uma efeméride é comemorar. No entanto, poderíamos questionar: Será que todas as efemérides merecem ser comemoradas?
A resposta pode ser não, quando pensamos, apenas, na comemoração enquanto uma festividade. Basta pensar em eventos como o nazismo, como as bombas de hiroshima e nagazaki ou em diversos massacres que marcaram a história da humanidade. Celebrar esses momentos seria, no mínimo, uma afronta. Porém, ao longos dos anos, a comemoração e as efemérides passaram a ser pensadas não só como festejos. Comemorar uma determinada data passou a envolver debates, revisões de determinadas questões e temas, além de ampliar a discussão política e a produção de trabalhos acadêmicos envolvendo o passado a ser lembrado.
Lembrança! Essa é a chave para compreendermos uma efeméride! Comemorar no sentido de lembrar juntos e não só de celebrar. Podemos lembrar de crimes, de momentos de segregação racial ou social ou de regimes totalitários ou autoritários, para que não se repitam mais. O que não quer dizer esquecer. É importante compreender esses períodos, saber suas diversas características, suas estruturas... é preciso debatê-los e estudá-los.
O aniversário de 50 anos do golpe de 1964 é um tipo de efeméride em que devemos lembrar juntos. Por mais que muitos ainda celebrem este momento. É interessante comemorar com debates, novas pesquisas, exposições, filmes e tantas outras formas de lembrar um evento importante. No entanto, também podemos "descomemorar" os crimes de Estado cometidos durante o período, a ditadura, a censura e a repressão que se estabeleceram ou ganharam institucionalidade após o golpe de 1964. "Descomemorar" não no sentido de esquecer, mas sim de não aprovar ou não festejar. Isto é, "descomemorar" para criticar, problematizar e reconhecer e combater a "nossa herança autoritária".
E o historiante, que tem história até no nome, separou uma série de exposições e programações para aquel@s que querem conhecer um pouco mais desse passado.Alguns podem estar perguntando: Por que aquela imagem abre esta dica cultural? Ou indagando: Que imagem é essa?
Começando pelo último questionamento: A frase que compõe a imagem foi dita por Hélio Oiticica e abriu os caminhos para a marginália ou a cultura marginal que, no final da década de 1960, apontou respostas transgressoras para os grandes dilemas culturais e sociais do período - no qual, não podemos esquecer, vivíamos uma ditadura (http://www.heliooiticica.org.br/home/home.php). A imagem também faz parte do acervo de nossa primeira dica cultural!!

- Exposição "Resistir é Preciso"- CCBB (Rio de Janeiro- até 28 de abril/ Brasília- de 06 de agosto até 23 de setembro/ Belo Horizonte- 21 de maio até 28 de julho de 2014). Entrada Franca.
http://www.resistirepreciso.org.br/ccbb/



- Ciclo de palestras "50 anos do golpe de 1964, o impacto do regime na sociedade brasileira"- CCBB (Rio de Janeiro- até dia 31/03). Entrada Franca.
http://cbn.globoradio.globo.com/institucional/eventos/2014/03/10/50-ANOS-DO-GOLPE-DE-64-O-IMPACTO-DO-REGIME-MILITAR-NA-SOCIEDADE-BRASILEIRA.htm#ixzz2wAsFHtBa

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- "Em 1964, arte e cultura no ano do golpe"- Instituto Moreira Salles (Rio de Janeiro até 23 de novembro de 2014). Para aqueles que não são do Rio, o instituto disponibilizou uma exposição on line. Basta visitar o website).
http://em1964.com.br/



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- " Onde a Esperança se Refugiou"- Salão Negro do Congresso Nacional (Brasília até 13 de abril). Entrada Franca.
http://www.cartacapital.com.br/cultura/exposicao-sobre-golpe-de-64-atrai-jovens-e-sobreviventes-do-periodo-3044.html

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- "Memórias Militantes"- Tenda Cultural Ortega y Gasset/ Auditório Istvan Jancsó da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin- USP (São Paulo, entre 1 e 3 de abril). Entrada Franca.
http://www.usp.br/agen/?p=171619

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- "Ditadura militar, direito à memória"- Complexo Cultural dos Barris (Salvador, entre 2 e 4 de abril)
http://escolas.educacao.ba.gov.br/abertura-e-programacao





- Memorial da Resistência (São Paulo- Permanente)
Exposições de longa duração- http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=20&Itemid=26
Exposições temporárias- http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=36&Itemid=27



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- "50 anos do golpe de 1964: Conhecer para não repetir"- Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania/Prefeitura de São Paulo (São Paulo- março e abril).


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- "O Golpe Passado a Limpo: 50 anos depois"- UFRPE (Recife- 1° de abril)
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/politica/pernambuco/noticia/2014/03/28/ufrpe-promove-seminario-sobre-50-anos-do-golpe-militar-123014.php


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Golpe Militar – 50 anos: Memória, História e Direitos Humanos. Este é o título oficial do ciclo de eventos que atualizam a reflexão sobre a Ditadura Militar brasileira. Exposições, debates e cinema fazem parte da agenda que lembram o início, o meio e o fim do período autoritário, conhecido como anos de chumbo da história do Brasil. As exposições e os debates serão realizados na Biblioteca Latino-Americana, com entrada gratuitaao público em geral. A iniciativa é uma parceria com a Unesp (www.cedem.unesp.br)  e o Memorial da Resistência (www.memorialdaresistenciasp.org.br). Nesses locais também será desenvolvida parte da programação.

http://www.memorial.org.br/2014/03/ditadura-50-anos-debates-cinema-teatro-mostras-e-shows/


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Estamos organizando uma palestra com o professor Juremir Machado da Silva (PPG-FAMECOS) a se realizar no auditório do Prédio 5 da PUCRS, dia 22/04 às 9h30m.


Mediação: Prof. Dr. Luis Martins (FFCH/PPG-HISTÓRIA)



O tema da palestra será a participação da mídia no golpe de 64, assunto abordado pelo prof. Juremir em seu novo livro "1964: Golpe Midiático-Civil-Militar".



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Segue em anexo a divulgação do Ciclo de Palestras A ditadura faz 50 anos: passado, presente e futuro. A atividade é uma parceria da Escola do Professor (Sinpro-Rio), da Secretaria de Formação CUT-Rio, do Senge, do Sindipetro, dos Bancários Rio e do Sisejufe . A atividade foi organizada pelo Núcleo de EStudos Contemporâneos da UFF.

A palestra de abertura será terça-feira, 8 de abril, às 18h30, no Sinpro-Rio (Pedro Lessa, 35, 2° andar). O palestrante será o Professor Daniel Aarão Reis. Contamos com a presença de vocês e com a ajuda para ampla divulgação do evento.




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- "O Papel da Mídia no Golpe de 64": Pinacoteca Café (Porto Alegre- 09 de abril)



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