BLACK BLOCK: O velho/novo modo eficaz de protestar
Prof. Tiago Rodrigues
Redação d'O Historiante
Depois de anos de ostracismo, de política de pão e circo bem sucedida, dilapidação sistemática dos nossos recursos mais básicos e da sucateação da nossa educação, o povo brasileiro resolve ir as ruas. No meio da pacifidade dos pacíficos, aparece um grupo de jovens vestido de preto se colocando como linha de frente de proteção dos pacíficos, usando técnicas de guerrilha urbana, além de causar pânico nas autoridades e nos políticos. Quem são esses jovens nomeados de vândalos pela mídia?
Redação d'O Historiante
Depois de anos de ostracismo, de política de pão e circo bem sucedida, dilapidação sistemática dos nossos recursos mais básicos e da sucateação da nossa educação, o povo brasileiro resolve ir as ruas. No meio da pacifidade dos pacíficos, aparece um grupo de jovens vestido de preto se colocando como linha de frente de proteção dos pacíficos, usando técnicas de guerrilha urbana, além de causar pânico nas autoridades e nos políticos. Quem são esses jovens nomeados de vândalos pela mídia?
O black Bloc (do inglês black, negro; bloc, agrupamento de pessoas para uma ação conjunta ou propósito comum, diferentemente de block: bloco sólido de matéria inerte) é o nome dado a uma tática de ação direta, de corte anarquista, caracterizada pela ação de grupos de afinidade mascarados e vestidos de preto que se reúnem para protestar em manifestações de rua, utilizando-se da propaganda pela ação para desafiar o establishment e as forças da ordem. Esses grupos são estruturas efêmeras, informais, não hierárquicas e descentralizadas. Unidos, adquirem força suficiente para confrontar a polícia, bem como atacar e destruir propriedades públicas e privadas. As roupas e máscaras pretas, que dão nome à tática, visam garantir o anonimato dos indivíduos participantes, caracterizando-os, em conjunto, como um único e imenso bloco.
Black Blocs diferenciam-se de outros grupos anticapitalistas por frequentemente realizarem ataques à propriedade privada, como forma de chamar a atenção para sua oposição ao que consideram símbolos do capitalismo, às corporações multinacionais e aos governos que as apoiam. Um exemplo desse tipo de ação foi a destruição das fachadas de lojas e escritórios do McDonald's, da Starbucks, da Fidelity Investments e outras instalações de grandes empresas no centro de Seattle, em 1999, durante as manifestações contra a conferência de ministros de países integrantes da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Black Blocs diferenciam-se de outros grupos anticapitalistas por frequentemente realizarem ataques à propriedade privada, como forma de chamar a atenção para sua oposição ao que consideram símbolos do capitalismo, às corporações multinacionais e aos governos que as apoiam. Um exemplo desse tipo de ação foi a destruição das fachadas de lojas e escritórios do McDonald's, da Starbucks, da Fidelity Investments e outras instalações de grandes empresas no centro de Seattle, em 1999, durante as manifestações contra a conferência de ministros de países integrantes da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Se constituem principalmente de anarquistas e integrantes de movimentos afins (anticapitalistas e anti-globalização), que se organizam em conjunto para determinada ação de protesto. O objetivo pode variar em cada caso, mas, em termos gerais, trata-se de expressar solidariedade diante da ação repressiva do Estado e de veicular uma crítica, segundo a perspectiva anarquista, acerca do objeto do protesto no momento. O importante é ser imprevisível, incontrolável e visível apenas no breve momento da ação, graças à inconfundível máscara e às roupas pretas. De acordo com Zerzan, o black bloc no Brasil possui uma peculariedade, pois, não é só composto por anarquistas, mas também por grupos anti-fascistas que possuem orientações partidárias.
Concluindo, a imagem que foi atribuida ao movimento black bloc no Brasil e no mundo, vem sendo veiculada por uma mídia corporativista, que tenta idiotizar o telespectador ao ponto de manipular sua capacidade de senso crítico e liberdade de expressão, fechando os olhos para os componentes desse movimento, que são: estudantes, operários, professores, sem-teto. Ou seja, o movimento black bloc tornou-se uma frente ampla de luta dos movimentos que estão a margem de uma sociedade excludente, fascista e corporativista, onde continua mandando quem detém os meios de produção do capital e as instituições públicas são suas serviçais.
Depois de muito tempo, o brasileiro começa a enxergar que a ditadura que fomos vítimas em 64 nunca acabou, apenas refinou seus métodos de tortura e de manutenção e manipulação de poder. Contudo que já foi exposto acima, sou obrigado a concordar com Zerzan quando ele pronuncia a seguinte frase: " Só atos concretos desafiam o sistema".
Referências:
- "Só atos concretos desafiam o sistema"; disponível em: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2013-10-19/so-atos-concretos-desafiam-o-sistema-defende-filosofo.html
- Black bloc: http://pt.wikipedia.org/wiki/Black_bloc
Comentários
Boa Tiago!
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