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Mostrando postagens de março, 2012

Historiadores pra quê?

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Pergunte a qualquer estudante de pós-graduação em história no Brasil o que ele quer ser quando defender, e a resposta vai ser quase sempre a mesma: professor universitário. Nos Estados Unidos também é assim. Mas a realidade dos doutores recém-formados tem sido bem diferente da expectativa. Com a crise econômica, a maioria, quando acha emprego, acaba trabalhando em museus, escolas e outros lugares tidos como de menor prestígio. A redução de vagas no mercado de trabalho universitário para a área de humanidades – o que, aliás, acontece nos Estados Unidos desde a década de 1970 – é a provável razão por trás da grande discussão sobre os programas de pós-graduação em história e a função social dos historiadores que está sacudindo o campo desde outubro do ano passado naquele país. Ainda que a motivação seja mesmo esta, ela está vindo para o bem. Em outubro de 2011, Anthony Grafton, presidente da Associação Americana de História, e Jim Grossman, diretor-executivo da entidade, escreveram o art

Em meio a desaceleração industrial, Brasil e Índia buscam estimular comércio

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Após participar da Quarta Cúpula dos Brics, esta semana, em Nova Déli, a presidente Dilma Rousseff encerra a viagem à Índia com uma série de encontros com líderes políticos e empresários indianos, que tem entre os principais objetivos a ampliação e diversificação das relações comerciais entre os dois países. Em 2011, o comércio bilateral entre Brasil e Índia chegou a US$ 9,2 bilhões, pouco abaixo da meta de US$ 10 bilhões, um desempenho considerado bom pelo governo devido aos efeitos da crise financeira internacional. Uma nova meta deve agora ser definida em US$ 15 bilhões até 2015. Os principais produtos exportados pelo Brasil para a Índia são minério de ferro, soja, açúcar e carne de frango. O Brasil tem comprado da Índia óleos derivados de petróleo, ceras minerais e produtos químicos orgânicos. "O comércio (entre Brasil e Índia) merece grande estímulo. Menos de US$ 10 bilhões é (um volume) muito pequeno, principalmente se considerarmos as dimensões e o dinamismo das economia

A mão invisível de Pinochet

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Muito já se falou sobre a ditadura de Pinochet, mas um retrato do Chile contemporâneo, ainda fortemente ligado a seu passado autoritário, pode ser mais difícil de encontrar. É exatamente isso que traz o filme  A dançarina e o ladrão . A história se passa no início dos anos 2000, quando a superlotação das prisões chilenas obrigou o governo a conceder uma anistia a presos sem delitos de sangue. Com isso, Nicolás Vergara Grey, um famoso assaltante de caixas-fortes, e Ángel, um jovem ladrão, ganham a liberdade. As histórias de ambos se cruzam graças a um plano ambicioso: assaltar o cofre de um ex-comandante de Pinochet que durante anos havia desviado dinheiro público. É nesse ponto que Victoria Ponce, uma bailarina cujos pais foram assassinados por agentes da ditadura, entra em cena. Ángel se apaixona por ela e faz de tudo para fazer a carreira da jovem emplacar. Por trás de toda essa trama está a presença “invisível” da herança ditatorial, seja no autoritarismo do diretor da prisão que

Museu dedicado ao Titanic se prepara para inauguração

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Belfast vai inaugurar no dia 31 de março um museu dedicado ao famoso navio Titanic, para marcar o centenário da primeira viagem e subsequente naufrágio do navio. Os organizadores do museu, que custou o equivalente a R$ 285 milhões, dizem que os visitantes poderão reviver toda a história do Titanic, do seu nascimento à trágica viagem inaugural e à descoberta do que sobrou do navio no fundo do mar. O Titanic afundou em sua viagem de inauguração, de Southampton, na Grã-Bretanha, para Nova York, nos Estados Unidos, em abril de 1912, provocando a morte de mais de 1.500 pessoas. O navio afundou a cerca de 650 quilômetros da costa de Newfoundland, no Canadá, duas horas após se chocar com um iceberg. A capital da Irlanda do Norte é o local onde o famoso navio foi construído no início do século 20 e a nova atração turística fica nas proximidades do estaleiro. O centro cultural, um prédio de seis andares e arquitetura arrojada inspirada no desenho do navio, levou três anos para ser erguido, o m

Liberalismo e contrato social: Hobbes e Locke em foco.

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Hobbes e Locke venceram seus adversários e foram os principais pensadores do contrato social.    Eles construíram a ideia de Estado laico em pleno século XVII, na contramão de uma tradição secular que legitimava o poder régio como legado diretamente por Deus. Além disso, construíram as bases teóricas para a sociedade civil, e foram os maiores pensadores do liberalismo europeu na Idade Moderna.    Só essas prerrogativas já fariam de Thomas Hobbes e John Locke autores indispensáveis aos pesquisadores liberais da sociedade. No entanto, esses dois ingleses tiveram seus ideais apropriados tanto pelas ciências sociais quanto pelo senso comum, ao ponto de serem reproduzidos de maneira trivial e inconsciente por pessoas em seu cotidiano. John Locke CONFIRA MATÉRIA COMPLETA CLICANDO AQUI.